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sábado, 15 de janeiro de 2011

SOU CONGREGACIONAL E TENHO HISTORIA.

 Congregacionalistas...
 
 
           As igrejas ou comunidades do tipo Congregacionalistas eram originalmente chamadas independentes, na Inglaterra, no final do século XVI e início do século XVII. O nome Congregacional veio depois.

           Pode-se entender o significado desse nome quando se observa o caráter dos grupos eclesiásticos que ali se definiram desde Eduardo VI e Isabel. De um lado havia a igreja nacional, Anglicana, que mantinha a mesma estrutura eclesiástica de Roma, apenas nacionalizada, tendo o Rei como seu chefe. De outro lado estava o movimento puritano que cedo se manifestou e assumiu tendências diferentes. As primeiras manifestações históricas das comunidades congregacionalistas se verificaram em Londres entre 1567 e 1568. Richard Fytz é considerado como o mais antigo pastor de uma Igreja desse tipo. Em 1570 ele publicou um manifesto sobre “As Verdadeiras Marcas da Igreja de Cristo.” Robert Browne, clérigo anglicano, adotou tais idéias em 1580 e com Robert Harrison organizou em Norwich uma congregação independente cujo sistema era substancialmente congregacionalista. Browne foi o primeiro teórico do movimento e logo as comunidades independentes passaram a receber o nome de Brownistas. Os Congregacionais são geralmente calvinistas em
doutrina e mantém um sistema de governo eclesiástico baseado em dois princípios fundamentais:

1) Cada congregação de fiéis, unida pela adoração, observação dos sacramentos e disciplina cristã, é uma Igreja completa, não subordinada em sua administração a qualquer outra autoridade eclesiástica senão a de sua própria assembléia;

2) tais igrejas locais estão em comunhão umas com as outras e inter-comprometidas no cumprimento de todos os deveres resultantes dessa comunhão.
 
CONGREGACIONALISMO NO BRASIL

 
FUNDADOR: Robert Reid Kalley (1809-1888) médico escocês, natural de Mount Florida, nos arredores de Glasgow, nasceu no dia 8 de setembro de 1809.

Em1829 tirou o diploma de cirurgião e farmacêutico pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Glasgow, tendo feito os seus estudos práticos no Hospital Real dessa cidade. Era ateu, mas graças ao testemunho de uma paciente foi conduzido a estudar cuidadosamente as Escrituras Sagradas. Esses estudos o conduziram à conversão.

A princípio Kalley pretendia evangelizar a China, mas, em conseqüência do grave estado de saúde de sua esposa, resolveu ir para a Ilha da Madeira, na costa portuguesa, aonde chegou em 1838. No ano seguinte foi ordenado ao ministério pastoral, no dia 8 de julho.
Em 1840 fundou um hospital. Em 1843 foi preso acusado de apostasia, heresia e blasfemia , crime considerado inafiançável e permanecendo preso por 5 meses. Em agosto daquele mesmo ano teve início uma terrível perseguição.

Kalley saiu de casa disfarçado de camponês. Sua esposa e parentes se refugiaram no consulado britânico. Sua casa foi invadida e destruída por homens que tinham ido eliminá-lo. Sem alternativa, foi deitado em uma rede disfarçado de velhinha enferma e transportado para bordo de um navio inglês que partiria para as Índias Ocidentais.

Em dezembro de 1852 casou-se com D. Sarah Poulton Kalley. Sua primeira esposa, Mrs. Margareth Kalley falecera em 1851. Em 9 de abril de 1855 partiu com destino ao Brasil. Em 10 de maio de 1855 aportava no Rio de Janeiro o vapor Great Western da mala real inglesa. Nele vinham, entre outros passageiros, o Dr. Kalley e sua esposa, D. Sarah, para iniciarem nessa terra um trabalho que durariam 21 anos e 57 dias.
O Rio de janeiro da época tinha cerca de 300 mil habitantes. Havia cerca de 50 igrejas e capelas espalhadas pela cidade. A religião do império era a católica. Kalley, chegado ao Rio foi instalar-se em Petrópolis.

Em 19 de agosto de 1855, um domingo à tarde, Kalley e sua esposa instalaram em sua residência a primeira classe de Escola Dominical, contando com cinco crianças, filhos da senhora Webb e da senhora Carpenter. Foi contada a história do profeta Jonas.


Como desenvolvimento do trabalho, Kalley escreveu para amigos e antigos companheiros de Ilinnois, convidando-os a vir auxiliá-lo no Brasil. O primeiro a chegar foi Wiliam Pitt, inglês que fora aluno de D. Sarah em Ilinnois (EUA). Pouco depois vieram Francisco da Gama e sua mulher, D. Francisca, Francisco de Souza Jardim e família.
O primeiro crente batizado pelo Dr. Kalley foi o sr. José Pereira de Souza Louro, em 8 de novembro de 1857.

Mas foi em 11 de julho e 1858 que ele organizou a primeira igreja evangélica de regime congregacionalista no Brasil: A Igreja Evangélica Fluminense. Foi organizado com 14 membros tendo sido batizado naquele dia o Sr. Pedro Nolasco de Andrade, primeiro brasileiro batizado por Kalley.
Lentamente desenvolveu um conceito de povo de Deus – Igreja – diferente do conceito calvinista.
Quando veio para o Brasil depois de passar algum tempo nos Estados Unidos, sua convicção congregacionalista em matéria de organização e caráter da igreja local, já estava bem definida: não batizava mais crianças, organizou igrejas autônomas – Igreja Evangélica Fluminense, 1858 e, Igreja Evangélica Pernambucana, 1873 – independentes entre si e estabeleceu presbíteros e diáconos.

A partir de 1942 houve a fusão de duas denominações evangélicas brasileiras: a Igreja Cristã Evangélica do Brasil (ICEB) e a União das Igrejas Evangélicas do Brasil, de governo congregacional, se fundiram numa denominação que veio a se chamar União das Igrejas Evangélicas Congregacionais e Cristãs do Brasil (UIECCB). Esta união durou até janeiro de 1968. Em 1969 foi aprovada a nova Constituição da nova entidade que agregara os congregacionais do norte e do sul do país – União das Igrejas Evangélicas e Congregacionais do Brasil.
Começou então um período de consolidação nacional.

Foram remodelados os quadros administrativos da UIECB que contava com 177 igrejas espalhadas por vários estados do Brasil. Estas igrejas foram divididas em 15 regiões administrativas, e também: Foi adquirida uma sede própria.
Começa-se um despertamento missionário com abertura de campos em vários lugares do Brasil.

A partir de 1992 a Sede da União passou a funcionar à rua: Visconde de Inhaúma, 134 Salas 1307 – 1309- Centro, Rio de Janeiro. Em janeiro de 2001 o décimo – nono andar foi adquirido pela denominação neste mesmo prédio. Ali está toda a administração da UIECB e onde se realizam também as reuniões da Junta Geral.

A Unidade Centro do Seminário Teológico Congregacional do Rio de Janeiro passou a utilizar as dependências do décimo – terceiro andar.
A UIECB conta hoje com cerca de 380 igrejas filiadas e mais de 500 ministros ordenados. A denominação que durante mais de cem anos foi alvo de missões estrangeiras, hoje faz Missões no Brasil e no Exterior, tendo alcançado todos os estados brasileiros e nações como Portugal, Espanha, Turquia, Jordânia, Moçambique, Angola e Guiné Bissau.

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