Muita gente aplaudiu o esforço do governo americano em encontrar e exterminar o seu pior inimigo. Desde o 11 de setembro de 2001 o mundo ocidental passou a tomar o ódio americano contra Bin Laden – líder do grupo terrorista Al-Qaeda. A mídia não cessou de fomentar a imagem do terror. O resultado foi um estereótipo aterrorizante pintado no imaginário de muitos ocidentais. Essa imagem afetou a nossa consciência. Diante da morte do Bin Laden, pouco se discute a arrogância americana ao invadir a soberania do Paquistão e tirar a vida de um ser humano.
É assombroso refletir sobre o modo como os americanos resolvem seus problemas. Quando desejam executar os seus planos não se preocupam com as fronteiras dos países. Acham-se “donos do mundo”. Para eles não existem fronteiras. Sendo assim, diante do que tenho visto durmo bastante desconfiado. Quem me garante que eles não chegarão até a minha casa na tentativa de resolver algum de seus problemas (principalmente depois desse artigo)? Politicamente fica demonstrado o desrespeito que os americanos têm pelo resto do mundo.
Na esteira da barbaridade é preciso que se diga que entre os seus governantes impera a lei do Talião - olho por olho, dente por dente. Todos nós sabemos que a violência gera violência. Como os cidadãos americanos poderão dormir em paz enquanto os seus políticos, em busca de popularidade, produzem mais violência? A cartilha maquiavélica foi bem aprendida. Num período de baixa popularidade Obama tira uma carta das mangas, a morte do inimigo número um do seu país. O resultado foi logo notórios, 52 pontos de popularidade. Além de um crescimento no consumo de produtos ligados ao onze de setembro.
Em meio a tantos discursos humanitários, pouco se ouve falar acerca do terror implantado pelos Estados Unidos nos países árabes. Alguém sabe quantos civis foram mortos pelo exército americano no mundo árabe? É lógico que não. Seria, por acaso, menos do que aqueles que morreram no ataque às torres gêmeas? Diante dos fatos noticiados nesses últimos dias não há como não sentir o fedor de hipocrisia. Estou saturado das informações que falam uma “meia verdade” – que é uma mentira completa. Somos instigados à revolta contra os árabes como se os estadunidenses fossem os nossos representantes.
Não podemos continuar iludidos com os discursos que zelam pelo respeito aos seres humanos. No fim, o poder dos mais fortes jogará no lixo toda eloquência de uma utopia humanitária. Por esse motivo, sou levado a descrer cada vez mais em qualquer solução social e planetária que surja dos homens.
O que as Escrituras já falavam se vê mais uma vez em nosso meio. Enquanto, o reino desse mundo estiver sobre a égide dos homens e do diabo estaremos com as nossas estruturas comprometidas pelo pecado.
Os ensinamentos de Jesus estão em choque com os poderosos. O Senhor nos ensinou a amar os nossos inimigos (Mateus, 5:44). Os Judeus deveriam amar os Samaritanos e os Samaritanos amar os Judeus. Os americanos deveriam amar aqueles que lhes odeiam. O amor multiplica o bem. Só assim a violência chegaria ao fim. O mundo poderia sonhar com um mundo melhor, onde a lei do Talião seria substituída pelo padrão do reino de Deus: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mateus, 5:38,39).
A igreja do Senhor pertence a Deus e precisa fazer conhecidos os valores do seu reino. Por meio deles poderemos mudar a estrutura corrompida desse mundo. Basta para isso, que cumpramos fielmente a missão que recebemos do Pai através de Cristo Jesus.
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