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sexta-feira, 19 de abril de 2013

UM PAPO CABEÇA

Memorando para Conservadores: Aceitar o “Casamento” Homossexual abre porta para o “Estatismo Ilimitado”
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 Nota do editor do The Pearcey Report: Enquanto a chefia da Suprema Corte ouve os argumentos no Ato de Defesa ao Casamento e California’s Prop 8 esta semana, apologistas favoráveis ao “casamento” homossexual perguntam como tal arranjo traz algum dano à sociedade. Na realidade, há muito em jogo, e negativamente, para o indivíduo e para a sociedade como um todo, como Nancy Pearcey demonstra abaixo, em observações publicadas em 2011, antes da Conferência de Ação Política Conservadora, em Washington, D.C.
A coalisão conservadora tem sempre estado instável. E a homossexualidade pode ser a questão na qual ela se estilhaça.
Muitos grupos têm anunciado que irão boicotar a Conferência de Ação Política Conservadora (CAPC) no próximo mês por conta da decisão de convidar o grupo ativista pró-homossexual GOProud para participar.
Os grupos dissidentes incluem Family Research Council, Concerned Women of America, The America Principles Project, American Values, the Center for Military Readiness, Liberty Counsel e the National Organization for Marriage.
Nem todos os conservadores apoiam o boicote. No Hot Air, Ed Morrissey opina que se retirando, os conservadores sociais criam a percepção de “que eles nem mesmo querem debater sua posição sobre a homossexualidade”.
Em Commentary, Peter Wehner diz que estes grupos poderiam dar a impressão de “que eles não têm os argumentos necessários apara vencer sobre os méritos”.
Infelizmente, muitos americanos já têm esta impressão – especialmente eleitores jovens. Um estudo de 2009 da Pew descobriu que 58% dos jovens adultos entre 18 e 29 anos apoiam o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, comparado a 39% da população nacional.
Ao demonstrar que não apoiam a causa, os conservadores sociais não estão desistindo, mas tomando um posicionamento público – que cria um fórum para fazer a causa deles mais efetiva. Eles devem tomar esta oportunidade para argumentar que a prática da homossexualidade tem um impacto negativo não apenas na família, mas também nos indivíduos – e que isto expressa um profundo desrespeito a identidade biológica de uma pessoa.
Biologicamente, psicologicamente, machos e fêmeas são claramente homólogos um ao outro. A anatomia reprodutiva e sexual do macho é obviamente desenhada para uma relação com a fêmea, e vice-versa.
A prática homossexual, portanto, requer a contradição de sua própria biologia. Ela desconecta a sexualidade da pessoa da sua identidade biológica como macho ou fêmea – o que exerce uma auto alienação e efeito de fragmentação na personalidade humana.
E a lógica da alienação não parará por aqui. A aceitação de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo já é uma metástase de uma noção pós-moderna de sexualidade como fluida e mutável com o tempo.
Por exemplo, um artigo na Utne Reader destaca indivíduos que “saíram do armário” como homossexuais, mas foram atraídos mais tarde para relações heterossexuais novamente. O artigo cita o psicoterapeuta Bret Johnson explicando que as pessoas hoje “não querem se colocar dentro de nenhuma caixa – nem gays, heteros, lésbicas ou bissexuais”. Ao contrário, “elas querem ser livres para mudar suas mentes”.
O que estamos vendo, Johnson conclui, é “um desafio para a antiga, modernista forma de pensamento ‘Isto é o que sou, período’ e um movimento em direção à versão pós-moderna, ‘Isto é o que sou agora’.”
Em outras palavras, ontem eu era hetero, hoje eu posso ser homossexual, e amanhã posso ser bissexual. A identidade psicossexual de alguém é dita como estando em constante fluxo.
No passado, homossexuais empregavam a defesa de que tinham nascido daquela forma. Mas agora eles estão começando a abraçar a ideia pós-moderna de que você pode ser o que quiser ao longo do contínuo sexual.
Isto contradiz o conservadorismo em seu cerne filosófico. O Conservadorismo baseia os direitos humanos no reconhecimento de que existem certos dados inegociáveis na natureza humana, anteriores ao estado, e que o estado é obrigado a respeitar.
Como cientista político, Philippe Beneton explica que a igualdade conservadora “é fundada no reconhecimento do que é humano”. Em contraste, no liberalismo, a igualdade “é fundada na argumentação de que nada é especificamente humano” – que a natureza humana em si é uma construção social, algo que nós elaboramos à medida que vivemos, incluindo nossa identidade psicossexual.
Neste caso, entretanto, não há nada no indivíduo que foi dado, o qual o estado é obrigado a respeitar. O Liberalismo mina a base dos direitos humanos inalienáveis.
O boicote na CAPC é uma chance de destacar o que está em jogo. Jesse Hathaway do NewsReal Blog defende a CAPC, dizendo “Estou um pouco alheio ao porquê isto importa, o que uma pessoa faz na privacidade do seu quarto, ao ponto de que isto não me afete”.
Mas isto o afeta – e a todos também. Toda prática social é a expressão de suposições fundamentais sobre o que significa ser humano. Quando a sociedade aceita e aprova a prática, isto implica em se comprometer com a cosmovisão que apoia – tanto mais se a prática está consagrada na lei.
Se a América aceita a prática de “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, no processo irá absorver a cosmovisão que acompanha – a redefinição da personalidade humana como uma construção puramente social – o que abre a porta ao estatismo ilimitado, porque não há natureza humana que possa ser ofendida por um estado opressor.
Aqueles que resistem serão compelidos pelo estado a se enquadrar, ou enfrentar penalidades por “discriminação”.
Margaret Thatcher costumava dizer, “Primeiro você vence com o argumento, então você ganha o voto”. Em vez de ceder sobre esta questão, os líderes da CAPC devem estar vigorosamente levando a frente os argumentos do conservadorismo. Não apenas ganhar o voto mas preservar a fundação da República Americana.

Texto de Por Nancy Pearcey. Tradução: Jorge Alberto. Fonte: Anajure. Divulgação: Púlpito Cristão.



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