Apóstolo Valdemiro Santiago muda estratégia e vende fazendas no Mato Grosso.
A Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD) colocou à venda uma
propriedade que está em seu nome, a Fazenda Santo Antônio do Itiquira,
que fica no município de Santo Antônio do Leverger, em Mato Grosso.
Com 11.054 hectares a fazenda está avaliada em R$ 33 milhões. Em sua
infra-estrutura estão incluídos um campo de futebol iluminado e duas
piscinas. A igreja ainda é dona da Fazenda Formosa em 15.080 hectares,
que é localizada na mesma região, segundo o Olhar Direto.
Além da propriedade e suas dependências, quem pagar a soma pedida vai ficar com as 6.200 cabeças de gado confinadas.
Segundo a explicação de Nicanor Paula Gonçalves de Oliveira,
administrador das fazendas e irmão de Valdemiro Santiago, a igreja quer
investir nas obras ministeriais e na manutenção dos templos. “A
intenção da igreja não é possuir terras e sim investir o dinheiro da
venda nas obras da Igreja”.
Um dos templos previstos para ser erguido com recursos da venda das
fazendas é o de Santo Amaro, considerado um “mega-templo”, com
capacidade para 15 mil pessoas.
As fazendas da Igreja Mundial ficaram conhecidas por meio de uma
reportagem realizada pela TV Record que denunciava o líder e fundador da
denominação, Valdemiro Santiago, por usar o dinheiro dos fieis para a
compra de propriedades e gado no Mato Grosso.
A reportagem da Record ainda mostrou documentos de um cartório de um
município do Mato Grosso que atribuíam à WS Music, empresa de Valdemiro,
a compra das fazendas.
Na época, Valdemiro se defendeu dizendo que não havia assinado os
documentos. “Não tem minha assinatura nos documentos que mostraram. Meus
advogados já estão cuidando disso”, afirmou o líder religioso. Ele
ainda disse que a reportagem errou ao dizer que o patrimônio da igreja
era de R$ 50 milhões. “Só a Cidade Mundial foi orçada em 98 milhões de
reais, à vista, ou 160 milhões via financiamento”, esclareceu.
A reportagem sobrevoou diversas fazendas, que no total, somam 26,1 mil hectares e totalizam o valor de mais de R$ 50 milhões.
Valdemiro é investigado pelo MPF (Ministério Público Federal) do Mato
Grosso por enriquecimento ilícito e fraude contra o sistema financeiro.
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