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domingo, 12 de fevereiro de 2012

Igreja Maranata: dízimo desviado em fraude milionária
Mais de R$ 20 milhões teriam ido parar no bolso de pastores

Por Vilmara Fernandes e Letícia cardoso.

Um esquema de corrupção para desviar recursos provenientes do recolhimento do dízimo foi montado na cúpula da Igreja Cristã Maranata, com o envolvimento de pastores, diáconos e até fornecedores. A ação, identificada em uma investigação da própria instituição, foi parar na Justiça. Nela, aparece o nome do vice-presidente, Antônio Ângelo Pereira dos Santos. Estimativas iniciais da igreja indicam que o rombo é de, no mínimo, R$ 21 milhões. Mas a ação protocolada na Justiça pede o ressarcimento de R$ 2,1 milhões.
foto: Fábio Vicentini
Igreja Maranata
A diretoria da Maranata diz que a situação é grave e que já adotou as providências contra as irregularidades que vinham sendo praticadas (veja na pág. 6). Uma delas foi afastar três pastores e um diácono das funções administrativas e religiosas.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual. Em nota, o MP adiantou que os documentos exigem melhor apuração, mas apontam para várias irregularidades e crimes. Diz ainda que, se aproveitando da isenção de tributos que as igrejas possuem e da boa-fé dos fiéis, pastores estariam usando bens da igreja em benefício próprio. A lista de prováveis crimes praticados inclui desvio de recursos para o exterior, criação de empresa irregular, contrabando, fraudes ao Fisco e ao sistema financeiro.
foto: Divulgação
O pastor Antônio Ângelo e o contador Leonardo Alvarenga
O pastor Antônio Ângelo e o contador Leonardo Alvarenga, vice-presidente e o contador da instituição, respectivamente, são acusados de desvio.
(Pulpito cristão).

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